segunda-feira, 23 de maio de 2011

A evolução das Princesas Disney

Confira a seguir a evolução das heroínas do estúdio:
BRANCA DE NEVE: ‘A Branca de neve e os sete anões’ (1937)

Topo da linha:Protagonista do primeiro clássico da Disney, ela inaugura o esteriótipo de princesa que se mantém há mais de sete décadas: uma mulher bonita, dócil, pura e de bom coração. Ao comer a maçã envenenada, Branca de Neve é traída por sua ingenuidade e derrubada pela competição feminina, a rainha má, quando ainda não existiam "Beleza Renovada", "10 anos mais jovem" e "A verdadeira idade". Além disso, a salvação de Branca de Neve está na passividade: ela deve aguardar deitada até que o príncipe encantado apareça e resolva o problema.
CINDERELA: ‘Cinderela’ (1950)
Salva pela madrinha:Igualmente bela, pura e bondosa, ela é submetida pela madrasta a uma rotina de pesados serviços domésticos e constantes humilhações, aceitando tudo com doçura. Mais uma vez, a princesa se põe servente às ordens da madrasta, mas desta vez é a Fada Madrinha quem traz a salvação, como num passe de mégica. Mas ao cometer um deslize por causa da sua desobediência, Cinderela é premiada e não punida, afinal graças a esta rebeldade repentina ela se casa com o príncipe.
AURORA, ‘A bela adormecida’ (1959)
A mais paciva de todas:
De todas as princesas, a que tem a atitude mais paciva é Aurora, já que só aparece acordada em menos da metade do filme. Ela sempre se submete aos mandos e desmandos dos outros, sem impôr sua opinião. Assim, na linha do tempo da Disney, a bela adormecida representa um retrocesso em termos de representação da mulher moderna.
ARIEL,‘A pequena sereia’ (1989)
Pernas para atrair o príncipe:
A sereia deseja ter pernas para tentar conquistar o príncipe e não hesita em mudar sua aparência física para estar de acordo com o padrão estético sugerido, nem que para isso tenha que sacrificar sua voz, ou seja, sua liberdade de expressão. Mas ela representa um avanço ao desafiar o poder patriarcal.
BELA: ‘A bela e a fera’ (1991)

Inova ao esnobar o bonitão:
A heroína consegue enxergar beleza além da aparencia monstruosa da Fera e inova ao esnobar o bonitão mais desejado do povoado e demonstrar seu amor pelos livros. Foi a primeira vez que o estúdio mostrou uma princesa que salva o príncipe, e não o contrário, como costumeiramente acontece.
JASMIN: ‘Aladin’ (1992)
À frente do seu tempo:
A filha do sultão é bem à frente do seu tempo quando o assunto é a representação da mulher contemporânea. Rebelde, enfrenta o poder patriarcal e à ordem da realeza e assume seu amor por um rapaz pobre, contrariando a estrutura social da época. Diferente de suas colegas, Jasmin trilha seu caminho sozinha e desenha o destinho que deseja.
TIANA: ‘A princesa e o sapo (2009)
A primeira heroína negra:
Em tempos de Barack Obama, a Disney aposta na primeira heroína negra da história do estúdio. O cenário também é inusitado, a New Orleans do início do século, na era de ouro do jazz. Tiana é a primeira do panteão de princesas a trabalhar fora, como garçonete, mas acaba servindo uma branca rica. Apesar de sua beleza, ela passa a maior parte do filme transformada em um sapo, ao lado de um príncipe boêmio, falido e amaldiçoado, longe de estereótipos anteriores. E desta vez, a mocinha é a racional da história, e ele é o romântico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário